11.4.12

Governo e TAM vão formar mão de obra local para exportação


O Ceará poderá ser, em dois anos, um exportador de mão de obra técnica em manutenção de aeronaves - profissionais bastante disputados no mercado nacional. A TAM Aviação Executiva e o Governo do Estado vão qualificar, inicialmente, profissionais em Aracati, para trabalhar no Centro de Tecnologia, Manutenção e Comercialização de Aeronaves e Prestação de Serviços Aeronáuticos, a ser instalado no município. A formação, porém, não irá se restringir apenas à demanda da TAM de Aracati. O trabalho terá continuidade mesmo após preencher as vagas do local.

O hangar da companhia começa a ser construído nas próximas semanas no Aeroporto de Aracati. O memorando de entendimento sobre o centro de manutenção foi assinado ontem pelo governador Cid Gomes e pelo presidente da TAM Aviação Executiva, Fernando Pinho, no Palácio da Abolição.

No contrato consta o compromisso mútuo da capacitação de pessoal, predominantemente local. “O objetivo é desenvolver cursos profissionalizantes para a formação de mão de obra para mecânicos e eletrônicos da aviação. E por que não o Ceará exportar mão de obra para outros Estados?”, disse Pinho.

O contrato inclui ainda a cessão de espaço pelo governo de 10 mil m² por 10 anos, renováveis por mais 10, e incentivos equivalentes a 50% do valor de construção da base, orçada em R$ 26 milhões. Isso significa que o Estado vai pagar metade da construção, R$ 13 milhões.

O secretário do Turismo, Bismarck Maia, confirmou a intenção de oferecer cursos técnicos no ramo da aviação. “Em princípio, estão trazendo os técnicos, mas o grande benefício que o Estado vai ter é montar o curso na escola técnica que já tem em Aracati, com a disponibilidade de absorver os professores, de (a TAM) comprar os equipamentos. Ali vão poder formar pessoas que trabalhem Brasil afora”, reforçou.

A estimativa é de que o hangar esteja pronto em oito meses.

Referência no Nordeste

Com o centro de manutenção da TAM, o Ceará passa a ser a referência no segmento para Norte e Nordeste, regiões que contêm, juntas, 20% da frota da aviação executiva. Os proprietários dessas aeronaves, agora, terão a opção de se deslocarem a Aracati, ao invés de irem ao centro de manutenção em Jundiaí (interior de São Paulo) ou aos Estados Unidos (EUA), no centro da própria Cessna, fabricante de aeronaves parceira da empresa brasileira.

Fonte: do AVIAÇÃO.COM

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